sexta-feira, junho 17, 2011

Viagens

Não sou uma diabba viajada, por motivos vários nunca fui de me afastar muito da caverna, e, confesso, não gosto de me ausentar muito tempo, stresso na ida, tudo me enerva, e stresso na volta, porque nunca mais chego, e só quero é estar no meu Inferno particular.



Mas este ano, excepcionalmente, laureei bastante a pevide (o “bastante” é relativo, é muitíssimo para mim, que nunca ponho a cauda fora do Inferno), em Janeiro fui, com o diabbo-marido, até Angoulême, ao Festival Internacional de Banda Desenhada que por lá se faz anualmente, fiquei fã, aquilo é um mundo à parte, é a loucura da BD, mas uma loucura civilizada. Pena é que fique um bocado fora de mão (e puxado para a carteira), senão era diabba para voltar lá em 2012.


Em Março fui à Holanda, fiquei em casa da minha amiga Dóris, uma das almas mais doces que eu conheço, é a alegria em alma, e uma anfitriã soberba, andou connosco (eu, diabbita + Luísa Cunha) para todo o lado, mostrando-nos tudo o que achou que nos poderia interessar. Oh pah, só vos digo, eu era bem capaz de me habituar, muito depressa, a viver em Den Haag (Haia). Adorei lá estar, adorava viver lá. A sério.


Agora preparo-me para ir com o diabbo-marido, o Rafeiro, a Gata, e a Marta, até aos Açores. O Rafeiro organizou tudo ao milímetro, acho que o vou contratar para a eternidade, gosto de coisas assim, organizadas, e sem grandes surpresas, gosto de saber com o que conto.


Vamos subir o Pico, parece que vai ser duro, vamos dormir lá em cima uma noite, vamos cair de cansados, mas vou estar muito mais perto das estrelas que a maioria das almas, e vou curtir o silêncio. Adoro o silêncio.
Mas mais que o silêncio, adoro as almas com que vou, e não me imagino em melhor companhia, só faltando a minha querida Anjja, e o meu querido M., acho que todos juntos, cada um com as suas diferenças, faríamos um grupo inesquecível.


Depois conto tudo.

segunda-feira, junho 13, 2011

Guerras


Confesso que me divirto com guerras, virtuais, entre almas que nunca se viram. Nunca chego a perceber bem o que espoletou a coisa, normalmente apanho a guerra já no auge, e fico por ali sentada, a comer pipocas, e a ver as guerreiras (normalmente estas guerras são entre mulheres, por que será?), todas descabeladas, de olhos raiados de sangue, baba raivosa e corrosiva a cair, a vociferarem ameaças.



Bom, como disse, nunca sei quem começou, mas (e o recado é para as pessoas que me conhecem pessoalmente, e portanto sabem que falo para elas) não seria melhor nunca (e quando eu digo nunca, é mesmo zero, nada… estão a ver?) ripostarem? Quando é que vão perceber que a não resposta, a ignorância total e absoluta, é a melhor arma? A que penetra mais fundo, a que corrói.


Conselho? Sempre que se sentirem ofendidas, mandem flores, postem flores, corações fofinhos, façam declarações de amor. Há coisa pior que isso? Não, é claro que não.


Boceses (sim, boceses) soindes umas grandes nabas!

quinta-feira, junho 02, 2011

Festival BD Beja



E pronto, estive no meu Festival de Banda Desenhada favorito - o de BEJA. Não há nada que eu não goste lá, gosto das pessoas, da comida, do ambiente, da descontração dos artistas, que se misturam com a malta, sem estrelismos bacocos. É muito, muito fixe.
No próximo ano, lá estaremos, logo na sexta, para curtirmos mais um bocadinho aquela cidade pacífica, o calor, a cerveja, os caracois (o diabbo-marido fica com esta parte, que a minha mortal é trasmontana de gema, e nem pensa em comer aquelas amostrinhas de... hummm qué qué aquilo? Carne? hummm, bom, num como aquilo e pronto).
Ahhhh lembrei-me agora, há algo que não gosto em Beja, e recomendo que não entrem lá: o Restaurante Alcoforado. Servem mal (o peixe que comi na sexta, suspeito que já tinha uns dias, nem o comi todo, o ultimo bocado sabia mal), são antipáticos, e não têm nada de tradicional da zona. Os artistas queriam provar um licor da terra, e nada, nem o Licor de Poejo!!
Adoro o Professor Baioa Monteiro, homem de muita cultura, e que sabe transmitir como ninguém o seu saber. Este ano mostrou-nos (literalmente) a história do azulejo (pisei um verdadeiro azulejo romano, ahhh pois pisei, se calhar houve um centurião que pisou exactamente aquele mesmo bocadinho que eu). E não se choquem nem venham com o "ahhh é assim que as coisas se estragam, esta gente a pisar azulejos com séculos" pfff o Professor Baioa Monteiro disse "é para pisar, estão no chão, não estão?" E pronto, perdemos logo os salamaleques, e andamos à vontade na capela do claustro onde esteve a Mariana Alcoforado (googlem).
Para o ano acho que vamos falar de pintura, ou então não, que o professor gosta de improvisar. ]:-D
O Paulo Monteiro (director do Festival) é o maior, trabalha que nem um louco, para que tudo fique pronto a tempo e horas. Pelas minhas contas fez uma directa de 48 horas, mas ele gosta tanto do que faz que nem se notava (muito), o quão cansado estava. Sempre a sorrir, e sempre disponível, um exemplo a seguir. (Devia fazer um workshop sobre "como organizar BEM um festival de BD" - há quem precise, eu sei que há).
E pronto, muito fica por contar, comprei 2 livros para ofertar ao Diabbo-marido um com ilustrações lindissimas, de Luis Royo "Prohibited Book 3", e o "Clara de Noite" de Jordi Bernet, Carlos Trillo, e Eduardo Maicas. Já me diverti muitissimo a ler este último. Espero que gostem da história que eu escolhi para ilustrar este post. A Clarinha é uma profissional da mais antiga profissão do mundo, e tudo faz para que todas as fantasias dos clientes sejam satisfeitas. ]:-D
Plágio encapotado. Ler post de 10.Abril.2011.