sábado, abril 21, 2012

Agarrem-me ou dou cabo desses palhacitos!


IMPORTANTE: 6 de Maio de 2012 - Stand da BIZÂNCIO, na Feira do Livro em Lisboa.
O Jorge Pereira/Rafeiro Perfumado está lá para dar autografos (ou mordidas, dependendo da qualidade do presunto) ]:-D

E saiu o 3º (sim TERCEIRO, seus distraídos) livro de uma das almas favoritas do Inferno - Jorge Pereira aka Rafeiro Perfumado - e foi uma surpresa, até para o próprio.

Sei que o livro está cheio de bons textos, com aquele sarcasmo saudável a que o Jorge nos habituou ao longo do anos. Ele vê o mundo de forma interventiva, não se conformando com o carneirismo nacional.

Ainda não lhe coloquei as manoplas em cima (do livro, porque do Rafeiro nem quero por, ou arrisco-me a severas arranhadelas da Gata), mas sei que alguns dos melhores textos até ficaram de fora, porque, na editora Bizâncio, deve por lá pairar o espírito da Vossa Senhora das Tranças Longas, e todos os textos que tivessem a palavra "mamas", "peidola", "glândulas mamárias" ou algo parecido, foram censurados. Sim, CENSURADOS.

Mas que porra, alguém que conheça bem os textos do Jorge Pereira os imagina sem um grão de pimenta aqui, ali, ou acolá?

Mas ainda mais grave que este tipo de censura (no meu ponto de vista) é a editora Bizâncio não tratar os seus autores com a dignidade que lhes é devida.

Então colocam o livro na rua, sem um lançamento digno, onde o Autor esteja presente?? Bardamerda para vocês.

Eu vou comprar o livro (se calhar até mais do que um, já a pensar nas festas de Solstício de Inverno), mas é mesmo pelo Jorge, e porque os textos valem a pena ser lidos.

A Bizâncio sucks.

quarta-feira, abril 18, 2012

Diferentes

DIFERENTES
1ª página

1ª vinheta e 2ª vinheta, lado a lado
1ª vinheta


Vê-se um dragão pequeno, muito colorido, mas triste, a fungar, enroscado no chão na reentrância de uma rocha, com alguma vegetação em volta.


Dragão – sniff porquê eu?


2ª vinheta


Vê-se um menino, albino, de calções, t-shirt, ténis, sentado com os joelhos puxados até ao queixo, com os braços à volta dos joelhos, debaixo de uma árvore, numa floresta (jardim denso).


Pedro – sniff porquê eu?


3ª vinheta (ao meio, ocupa o espaço de 2 vinhetas)


Dragão e Pedro estão em cada extremo da vinheta, e cada um ouve o “sniff porquê eu?” do outro, e fazem um ar muito espantado. (como se agissem em espelho)


4ª e 5ª vinheta, lado a lado


4ª vinheta


Dragão levanta-se e dirige-se ao som, cautelosamente.


5ª vinheta


Pedro levanta-se e dirige-se ao som, cautelosamente.

Nota: Liberdade total quanto ao ambiente, arvores, relva, rochas, borboletas, pássaros, vegetação diversa.




2ª Página
1ª vinheta
(descrição do ambiente)


O dragão levanta-se e caminha cautelosamente entre a vegetação em direcção à voz que ouviu, e pergunta-se:


- Será outro dragão?


2ª vinheta
(descrição do ambiente)


Pedro levanta-se e dirige-se a uma parte de vegetação mais densa, de onde veio a voz que ouviu, vai afastando a mesma com as mãos, e pergunta-se:


- Quem será que está a chorar, escondido, na floresta?


3ª vinheta ao meio, ocupando o lugar de 2 vinhetas
(descrição do ambiente)


Um riacho ladeado por pequenos tufos de ervas, flores, e vegetação rasteira, além das árvores (estamos num lugar que é o começo (ou fim, depende do lado que se olha) de uma floresta).


Pedro e o Dragão encontram-se, um em cada margem.


- O que és tu? (perguntam ambos ao mesmo tempo)


4ª vinheta


– Eu sou o Pedro, e sou um rapaz. Tu, tu és um dragão? Mas os dragões não existem! (Pedro está de olhos arregalados, muito espantado, com o ser que tinha à sua frente)


5ª vinheta


- Não existo? Essa é boa, para além de tudo, agora também não existo! (o dragão faz um ar muito desalentado, com os braços estendidos com as palmas das mãos viradas para cima, e a olhar para o céu. Está visivelmente triste)




3ª página
1ª vinheta


Pedro atravessa o riacho com os ténis e meias nas mãos.


P – Desculpa, não te queria por triste, é que eu nunca tinha visto um dragão, e muito menos sabia que os dragões eram tão bonitos.


2ª vinheta


O dragão espantado olha para o Pedro.


D – Achas-me bonito? Pois não sou, devia ter uma só cor, e olha para mim, pareço um arco-iris, e, sniffff, não cuspo fogo. Todos gozam comigo.


3ª vinheta ao meio, ocupando o lugar de 2 vinhetas


Já no outro lado do riacho frente a frente com o dragão, Pedro pega-lhe na pata (mão), e sorri.


- Eu não gozo contigo. Tu és muito bonito, e cuspir fogo não é assim muito importante. Há formas de fazer fogo sem ser a cuspir. Queres que te ensine?


- Quero pois! (o dragão limpa as lágrimas que entretanto lhe afloram aos olhos)


4ª vinheta


D – Mas e tu, porque choravas? Tu sim és bonito, só de uma cor, e tens olhos cor de fogo. (e põe a pata na cara de Pedro)


5ª vinheta


- Sou albino. Um humano sem cor. Sabes os humanos são cruéis com tudo o que foge ao “normal”, e a minha falta de cor não é normal. (e sorri tristemente)


- Mas queres que te ensine a fazer fogo ou não?




4ª página
1ª vinheta


Pedro tira do bolso dos calções uma lupa, e entrega-a ao dragão.


- Toma, ofereço-ta, com esta lupa consegues fazer fogo, mas só funciona se estiver sol. Estica a mão e deixa o sol passar através da lupa, faz isso em cima daquele ramo seco.


2ª vinheta


O dragão está de mão estendida com o sol a atravessar a lupa, e um raio a bater no ramo seco indicado na vinheta anterior.


D – Estás a ajudar-me e eu não posso fazer nada por ti, se pudesse dava-te uma das minhas cores, a que tu quisesses.


3ª vinheta que ocupa o resto da página


Estão ambos sentados, e já se vê uma fogueirinha a nascer no tal ramo seco, ambos riem felizes.


P – Podemos ser amigos?


D – Nós já somos amigos. O meu nome é Mil Cores.






No fundo página em epílogo, entre aspas escrever:


“Nós não somos diferentes. Somos especiais. Especialmente bonitos.

Escrevi assim, o resultado foi este . ]:-)

segunda-feira, abril 09, 2012

Palavras incomuns

Gosto de palavras incomuns ]:-)



Alabregado;
Brocha; Broche (será o marido da Brocha?);
Carranchas (muito gostava eu, em criança, hoje não há quem possa);
Desalijar;
Écloga (esta, confesso, não conhecia);
Enxerga(há quem veja, e quem se deite);
Escano (ahhh como eu gostaria de ter o meu escano aqui na caverna);
Emboldregar-se;
Ferropeia;
Girote;
Gratidão (esta está tão em desuso que, suspeito, pouquíssimas almas sabem o que significa);
Hiante (também não conhecia);
Inanir;
Juvenca;
Lanho;
Lenho.

Há algumas que também não conhecem?? Façam como eu: Consultem um dicionário. ]:-D

segunda-feira, abril 02, 2012

Diferentes

Porque é importante que os humanos pequenos (e menos pequenos) aceitem que é a diferença que dá beleza à vida.
Plágio encapotado. Ler post de 10.Abril.2011.