quinta-feira, agosto 25, 2011

É para amanhã

Há quem tenha como lema de vida o “de amanhã não escapa”, ou “para a próxima é que vai ser”, nunca tomam as decisões certas no momento certo, sendo certo que quando as tomam, e porque não foram tomadas no momento certo, correm o risco de serem erradas. Confusos? Eu também.



Às vezes gostava de encerrar o Inferno (não este, descansem, este não é um post para 3 ou 4 almas pedirem “ahhh e tal, não feches, gosto tanto de ter ler” (mesmo quando não lêem), ou, pior, para meia dúzia dar pulos de contente com “finalmente fechou aquela espelunca inútil” (e se calhar estes também não lêem nada do que aqui posto, ou então são os únicos que lêem)), partir sem destino certo, ficar só, sentada a olhar o horizonte do alto duma fraga, rodeada por estevas e giestas.


Tenho espírito de eremita, sonho com momentos de silêncio. Bastava-me uma caverna cheia de livros (já agora com wc, e água quente, odeio banhos gelados), tudo o resto era capaz de prescindir.


O barulho, as correrias, as mentiras, as facadinhas nas costas, as quebras de confiança… será que tenho tomado as decisões certas? Ou também sou daquelas que “só decido amanhã”?
A música do António Variações não me sai da cabeça.


Acho que a depressão de inverno chegou mais cedo.


domingo, agosto 14, 2011

Nosso Lar (??)

Acabei de ler um livro com o título "Nosso Lar", de Francisco Cândido Xavier, conhecido, no mundo do espiritismo, como "Chico Xavier". Sou um ser curioso, sempre fui, gosto de ler sobre diversos assuntos, e nunca dou nada como certo, sendo que sou de opinião de que somos "muito mais do que o corpo transporta" Uma amiga emprestou-me o livro, e... a linguagem é muito básica, simplória até.
Na verdade o Sr. Chico Xavier, que deve ter sido uma pessoa muito agradável para conversar, e certamente acreditava no que a sua imaginação lhe ditava, transformou a imaginação em 16 volumes (haja imaginação), onde um espírito falador, lhe transmitiu tudo o que escreveu.
O tal espírito (André Luiz), foi médico antes de morrer. No mundo do espíritos continuou a tratar, mas desta vez, espíritos doentes.
Mas, (no meu entendimento, claro), supõe-se que um espírito elevado, seja também esclarecido, e devia saber que os espíritos são isso mesmo "espíritos", não pode, enquanto ser espiritual tratar as outras entidades espirituais como homens e mulheres, e recomendar que as mulheres devem obediência aos homens. Então?? Somos todos iguais, mas há uns mais iguais que outros? (como em "a quinta dos animais" de George Orwell).
Tem outras coisas engraçadas, medem o tempo como nós "às 21h00 estávamos cansados mas felizes por termos ajudado", até têm meses como os nossos. E têm "ministérios" com ministros... ou seja com uma organização política, como na terra. Extraordinário.
E o mau gosto para nomes?... uiii suponho que o "nosso lar" era um lar de espíritos brasileiros, tendo em conta os nomes maravilhosos como: Clarêncio, Lascínia, Lísias, Salústio, entre outros do mesmo calibre, e dos quais não me lembro agora.
Parece que foi feito um filme, estreou no Brasil em Setembro de 2010. Não me lembro se passou nas salas de cinema da Tugalândia, suponho que não.
Mas o livro acaba por ter, na generalidade, uma mensagem  boa: diz para os humanos se portarem bem, ou depois têm que enfrentar uns demónios malvados, que lhes transformam a eternidade num inferno.
Plágio encapotado. Ler post de 10.Abril.2011.