quarta-feira, março 30, 2011

Ele é o número quatro

Lá fomos nós, mais os suspeitos (cão e gata) do costume, ver mais um filme.



Confesso que o escolhi às cegas, não sendo grande fã de filmes a puxar à lágrima, nem de comédias românticas, onde tudo é cor-de-rosinha, optei por um filme que prometia “acção + suspense + ficção cientifica”, pareceu-me mesmo bem.


Bofff é um filme onde só se aproveitam as pipocas (quem as comprou, e eu nem isso fiz para me manter entretida).


Os diálogos são tão fraquinhos (e nalguns casos inverosímeis) que até fazem impressão.


Imaginem esta cena: A miúda boazona (aquela que todos querem “comer”) manda um sms para o herói “anda ter comigo, tomar banho ao luar”, e o manfio ala que se faz tarde, foi logo. Então não é que depois de o moço, cheio de intenções libidinosas, estar dentro de água, ela olha para o céu e começa com uma conversa que tinha tudo a ver com o esperado (not)ahhh (olhando para o céu estrelado) já viste ali a Ursa Maior?” Hã? Mas que é isto? Era uma queca aquática ou uma lição sobre astronomia?


Depois há lá o super-guerreiro de outro planeta, que protege o herói (também de outro planeta, claro), mas que é um grande nabo, na generalidade (e na especialidade também), protege tanto que nem soube reconhecer uma “quimera” que era um animal (extraterrestre, pois claro) que estava ali para proteger o puto imberbe, armado em herói.


E essa “quimera” também era muito verosímil, um lagarto transformou-se num cão pequeno, que depois (já em batalha) se transforma num animal cheio de dentes, e a pesar, vá, pelo aspecto, nunca menos de 500kg. Que é isto??


Eu disse que no início do filme era um lagartito minúsculo?


Desde quando é que se conseguem meter 5litros num recipiente de 1litro? O princípio é o mesmo, uma lagartixa, não tem massa suficiente, por muito que inche, para se transformar num mamute!


O filme?? Pfff blá blá blá wiskas saquetas.

terça-feira, março 29, 2011

Novo talento

Não, desta vez não vou elogiar as qualidades artísticas da diabbita-minorca, que existem é verdade, mas não é a única artista minorca que conheço.



O desenho que ilustra este post, foi feito pela Sara Tarita (nome a fixar para futuro, se assim continuar), e foi-me ofertado porque “tu (eu) gostas muito de dragões”.


Fiquei a olhar para a candura do desenho, o ar doce do dragão - muito parecido comigo (hihihihi) – e o ar sonhador da fada que o acompanha.


Este país devia ter formas de aproveitar estes artistas, logo que eles se revelam, e levá-los ao colo até poderem fazer da arte uma profissão à séria, da qual pudessem viver.


Mas não, os nossos artistas vão abandonando o dom com que nascem, porque precisam de comer, comprar casa, e, imagine-se, até vestir, e por isso arranjam empregos “sérios” e tiram cursos “sérios”, porque isto do desenho é (para a mentalidade de quem nos governa) coisa para crianças.


Mas não é.


Sara Patrícia, tens o meu apoio em tudo o que eu te puder ajudar, mas não sei bem como é que posso fazê-lo. Não desistas de desenhar, sim?

Nota: a Sara Tarita tem 12 anos. 

quinta-feira, março 10, 2011

Amsterdam

                                                              Chupas, trouxe 6, devia ter trazido uma caixa deles
                                                               O avô do homem-aranha (tendo em conta a idade e o corpinho)

No domingo rumamos a Amesterdão, foi uma festa logo no comboio. Sentamo-nos (porque a Dóris não reparou, e nós não sabíamos) numa carruagem de silêncio, onde quem lá se senta vai a estudar, ler, pensar, tudo o que queira, desde que não faça barulho, e nós fazíamos. Vai daí uma mocinha que lá estava, com um calhamaço nas mãos, levantou-se e mandou-nos calar – em holandês. Aquilo não é língua de gente, não dá para perceber nadinha. A miúda devia estar a treinar, pois o calhamaço eram exercícios de aprendizagem da língua nativa (disse-nos a Dóris, claro, que para mim aquilo parecia um tratado, tal era a grossura do “tijolo”).



Quando chegámos (perto do meio dia) era tal a quantidade de gente na rua, que parecia estarmos em plena hora de ponta, coisa que se manteve o dia inteiro, muita gente, gente vestida de todas a formas e feitios, mas, ao contrário do que eu estava à espera, nada de gente esquisita, com um ar descomposto (janados, pronto, eu tinha decidido que em Amesterdão andava tudo metido na droga), muita gente, mas todos com um ar normal… bofff


Compramos bilhetes para a exposição (não lhe posso chamar museu, não tem ar de museu, e acho que não era) da Madame Tussauds, para a parte da tarde, e como nos sobravam horas antes de tal visita, rumamos à “zona vermelha”.


Mais uma coisa em que ia com ideias pré-concebidas “ai e tal, mulheres na montra, muitos turistas” pffff nada disso, aquilo é uma zona má, frequentada por gente suspeita, onde há algumas mulheres nas montras, em biquini, embora uma me tenha impressionado pela idade. Há coisa que eu não imagino uma avozinha a fazer, e estar de biquini, numa montra, a abanar a anca, é uma delas.


O governo está a tentar livrar-se daquele “turismo” indesejado, não beneficia em nada a cidade, ou seja, é como a zona do Intendente, em Lisboa, não é por lá haver gente que se dedica à prostituição, e haver outra gente que usa esses serviços, que aquilo se transforma em zona de bom turismo, e segura para os turistas, antes pelo contrário.


A droga (ao contrário do que pensava – mais uma vez erradamente) não é permitida, é apenas tolerada. A prostituição é permitida (impostos, saúde, tudo como qualquer trabalhador), a droga apenas tolerada. Havia ruas em que bastava lá permanecer um bocadito para ficar com uma “moca”. Não gostei nada do cheiro daquela erva, a falsificada (que os tugas-trouxas consomem) quase não tem cheiro, suspeito que andam a fumar relva, em vez de cannabis.


A “Madame Tussauds” foi muito divertido, mas os bonecos de cera estão todos com um ar muito jovem, se calhar vai sendo altura de acrescentar rugas àquela gente. Não coloco fotos, porque uma de nós está sempre colada a um boneco, a diabbita-minorca queria tirar com toda a gente (de cera) por quem passava.


Conselho: Quando visitarem lugares que não conhecem, dos quais só ouviram falar, não acreditem em tudo o que ouvem, vão de cabeça limpa e arejada, e tirem as vossas conclusões, para não lhes acontecer o que me aconteceu a mim: passar o tempo todo a descobrir que estava errada.





quarta-feira, março 09, 2011

Den Haag

                                                                      
                                                                   Parlamento holandês
                                                                   Tribunal de Den Haag

As minhas relações de amizade não se medem em tempo. Há humanos que conheço há anos, de quem não sou amiga, e almas que conheço há pouco tempo mas por quem nutro uma profunda estima. A Dóris faz, sem dúvida, parte do último lote.



Convidou-me a visitá-la na “terra dela”, e eu aceitei.


Cum catano, a “terra dela” é linda, pacifica como deveriam ser todas as cidades, e com o trânsito que todas as cidades deveriam ter: nenhum.


A minha amiga desdobrou-se para nos (eu + diabbita-minorca + diabba-amiga Luísa) mostrar tudo, prescindiu do seu tempo para nos acompanhar, mostrou-nos com um orgulho admirável a terra que a acolheu, e que considera sua. Sim, porque nós não somos de onde nascemos, mas de onde escolhemos ser, e a Dóris é uma holandesa-tuga.


No primeiro dia foi-nos buscar ao aeroporto, acolheu-nos com umas tulipas na mão, feitas de madeira, lindas. Chegamos a casa, pousamos as malas, e… rua que se faz tarde.


Ainda tirei óptimas (modesta mode) fotografias, a uma cidade completamente plana (o único “monte” que encontrei durante toda a estadia, foi uma lomba numa rua), onde toda a gente anda de bicicleta, ou de transportes públicos (que funcionam, e cumprem horários), nunca vi tanta bicla junta, algumas com alguma ferrugem. (o mais certo era serem biclas esquecidas por donos desmemoriados pela bebida – parece que quando se perde a “nossa” bicla, o desporto nacional é fanar a que estiver mais à mão, e ala pra casa, hihihihi).


A simpatia dos holandeses (todos com quem me cruzei) é assim uma coisa acima da média, sempre a sorrir, e prontos a ajudar. O inglês é uma segunda língua e, pelo que percebi, todos a falam, portanto não há problema (sim que holandês é uma língua que só eles é que entendem).


Há lá imensos muçulmanos (imensos, mesmo), mas baralharam-me as ideias pré-concebidas que tinha acerca da indumentária que as mulheres usam. As mulheres tapam o cabelo, com uns lenços muitos apertados ao rosto, não se vê nem um fio de cabelo, mas… usam mini saia, e calças de ganga muito justas, não percebi , a sério, não podem mostrar o cabelo, mas podem mostrar o cu? Também vi mulheres com vestidos até aos pés (muçulmanas), mas não foi em numero expressivo, a maioria usa roupa curta/justa.


E logo no primeiro dia, encontrei o Tribunal da cidade, acho que eu olho para coisas que a maioria dos turistas (e até a holandesa-tuga) não olha. ]:-D


À noite, ainda fomos beber uns cosmopolitan, gostei (nunca tinha bebido) a Dóris entornou um nadita do dela, mas suponho que foi nervoseira tendo em conta a beleza (a sério) do porteiro do bar hihihihihi. E os barmen também faziam tremer até os espíritos mais sossegados, todos menos o meu, que sou uma diabba já de idade, e não me impressiono facilmente. (e o diabbo-marido ler este post também influencia o que atrás está escrito) hihihi.

Informação: Den Haag = Haia (a pronuncia não tem um som nem aproximado, ainda gostava de saber como é que chegaram à palavra Haia)





Nota: Vou aprender inglês.


Nota2: Amanhã faço outro post.

quinta-feira, março 03, 2011

7 anos

Sete anos de felicidade.

Eu, um ouriço com as crianças, toda eu me dou (e me dava) aos animais, era capaz de parar qualquer dono, só para fazer festinhas aos animais alheios, e nunca olhei (nem olho) duas vezes para os bebés dos outros, são giros e tal, mas cum catano, têm uns maus hábitos que ui ui, eles é fraldas pivetosas, são sonos trocados, são cólicas, são choros inexplicáveis, capaz de fazer qualquer mamã arrancar os cabelos (os seus, não os da criança), enfim, continuo a não ser grande fã de crianças. Pronto, confessei.

Mas tu filha, é certo que sujaste umas fralditas, mas não foi muito, suportável, e eras (e és) madrugadora, não eras muito chorona, mas aqueles 6 primeiros dentes, que decidiram aparecer todos de uma vez, uiii o que eu não daria para trocar de lugar contigo (até porque uns dentitos novos em folha me davam um jeitão, hihihihi).

Hoje, já sabes ler, és das melhores da tua turma, coleccionas crachás de Muito Bom comportamento, és elogiada por todos, pela tua calma, e serenidade. És uma artista no desenho, na escolha de cores, e os desenhos são sempre lindos, felizes, coloridos, iguais a ti.

Amo-te tanto, mais que o universo e arredores (que é onde mora o Capitão Flamingo).



Plágio encapotado. Ler post de 10.Abril.2011.