quinta-feira, novembro 29, 2012

Conversas e mais conversas








O espermatozóide diz assim para o óvulo:
- Deixas-me entrar?
E o óvulo diz:
- Não! És tu que tens que descobrir a entrada. Não te vou deixar entrar logo, logo, logo.
O espermatozóide, muito ofendido, diz:
- E porque não? Eu até vim de gravata. E olha que demorou muito a fazer para quem não tem braços!
O óvulo olhou para ele e disse:
- Até podes vir de fato que eu não te deixo entrar! Não é assim que se faz! Primeiro tu tentas entrar, depois eu possivelmente deixo-te entrar,  e depois juntos fazemos a fecundação. E depois do depois é que nós descemos pelas trompas e vamos parar ao útero, que é um lugar “fofo” e “quente” para o embrião se desenvolver e se transformar em recém-nascido. Já percebeste?
E o espermatozóide já com sono disse:
- Hhhhha! Sim acho que já percebi.
Passados 9 meses nasce uma bebé chamada Candace. Mas o óvulo e o espermatozóide têm sempre a mesma conversa: O espermatozóide ainda não sabe como é que se faz…

Nota1: Eu não me lembro de na terceira classe ter este tipo de matéria na escola.
Nota2: Os gaijos são  lentos de raciocínio desde sempre, está visto.

terça-feira, novembro 27, 2012

Inveja

Manuel Maria Barbosa du Bocage

1765 / 1805

Livro: Sonetos
Tema: Inveja

"Tu, de quantos dragões o Inferno encerra,
És o pior, Inveja pestilente!
Morde a virtude, ao mérito faz guerra
Teu detestável, teu maligno dente."
 
 
Ahhhh a Inveja, esse nobre sentimento, todos a têm, todos a negam. Eu assumo-a.
Tenho inveja do sol, porque brilha
Tenho inveja da lua, pelo sossego
Tenho inveja do ar, porque se eu o fosse, não era para todos
Tenho inveja de quem escreve bem, e tem ideias geniais
Tenho inveja de quem pinta bem (mas não muita, é um trabalho que requer algo que não tenho: paciência)
Em suma: Sou uma invejosa.
 
E está visto que o Bocage já na sua época me conhecia.
]:-)
 

segunda-feira, novembro 26, 2012

Minizines, Fanzines, Prozines, e outros zines




Entre os que me conhecem sabem que basta falarem-me em Fanzines para eu ficar imediatamente com urticária (para além do pêlo todo eriçado).
Parece-me que cada coisa tem o seu lugar, e estes “zines” nada mais são que experiências de quem se quer aventurar no mundo dos desenhos  Ilustração/Banda Desenhada, e isso, em princípio acontece quando esses candidatos a artistas andam no liceu, vá admito, até ao fim da faculdade, mais que isso… façam-se à vida. Ou têm jeito para o desenho, e se têm, arranjem um argumentista e atirem-se ao trabalho, e levem o projecto já quase pronto (ou no mínimo 50% pronto) a diversas editoras.
Vão levar com imensos “nãos”, temos pena é assim. E se os editores onde forem vos indicarem erros, quer no desenho, quer no argumento, ENGULAM (apendi isto este fim de semana numa Masterclass dada pelo Mário Freitas, da editora Kingpin, organizado pela BD ao Forte), não contra-argumentem, não defendam os vossos erros, pensem numa coisa simples: O editor sabe mais que vocês, tem mais experiência, e finalmente – se lutarem com o editor, é certo que ali não conseguem editar nada.
Tudo isto porquê? Porque adquiri um “Minizine” a um “zinista” convicto, mas que já tem idade para se deixar de zines e passar para outro patamar.
Usa o pseudónimo de Chaka Sidyn, e o que eu tenho para lhe dizer é isto:
Desenhas melhor que eu, mas essa não é a tua praia, não tens um talento inato, gostas, treinas, mas não, desenha para ti treina muito se isso te faz feliz, treina mãos e pés, muitos, mas guarda na gaveta.
O mesmo já não digo quanto aos teus argumentos, gostei muito, tens aquilo que o Mário Freitas disse ser o “mostra, não digas” ou seja, consegues com que o desenhador faça o que queres transmitir, e não precisas de muitas palavras para lá chegares.  Gostei imenso de “Um erro” (mas não gostei do desenho, e vou-me abster de dizer o nome do autor), “As grilhetas invisíveis” (e ainda gostei menos do desenho, este desenhador tem de treinar muito, muito,  muito proporções, e mãos, entre outras coisas), “Perfeita”, e aqui és o argumentista/desenhador, mantenho o que disse: Aposta no argumento, é nisso que és bom.
Finalmente, e para não estar só a bater  nos desenhadores, informa a Daniela Viçoso que gostei imenso do traço dela na história “Um dia” (com mais um argumento teu), ela que insista e não desista, e tu, se funcionou bem a parceria, porque não apostam em formar “par de trabalho” (não estou aqui a dar uma de cupido, entenda-se, esse não é o meu departamento), a história de “Um dia” está muito boa, desenhos expressivos, onde o “mostra, não digas” estás presente na medida exacta.
Já agora Chaka Sidyn, atreve-te a escrever histórias mais longas, atreve-te a sair dessa zona de conforto que são os “zines”, já não tens idade para isso. Arrisca. Podes ter uma boa surpresa.
Podem ver o blog do Chaka Sidyn aqui: http://sanktio.blogspot.pt/

 

terça-feira, novembro 20, 2012

É assim que se faz uma boa BD


E aqui está a prova que uma boa banda desenhada, para crianças, não precisa de texto.

Quem nunca contou/leu/ouviu a história do Capuchinho Vermelho? Este pequeno livro
(edição ASA), não tem balões, conta a história apenas com desenhos . Depois dos desenhos, ensina as crianças "como desenhar" algumas das figuras. Finalmente tem a história em texto.

Está um livro fantástico, que me encantou folhear, e fui eu mesma fazendo os textos de quadradinho em quadradinho
(ou para os cromos, de vinheta em vinheta).

E assim se ensinam as crianças a imaginar, a gostar de Banda Desenhada, a experimentar desenhar, e depois até podem ler a história, ou haver alguém que lha conte. É um livro que tanto pode ser oferecido a uma criança de 3 anos, como a um adulto que se pode divertir a imaginar os textos que lá deveriam estar, e não estão.
(eu não me importaria de receber um livro destes - mas não me ofereçam, porque este já tenho, e também tenho o da Branca de Neve, que está igualmente fantástico).

Só falta dizer que os desenhos são de Domas, as cores foram dadas por Sylvie Bonino, o texto (história em texto no final do livro) por Hélène Beney, tradução e adaptação feita por Maria José Magalhães Pereira.


Nota: Gostei particularmente do final do lobo. ]:-) 

sexta-feira, novembro 16, 2012

Fiquei com uma tromba... uiii

http://www.wook.pt/ficha/conversa-de-elefantes/a/id/11556567 (imagem retirada do site da Wook)
http://richardcamara.blogspot.pt/2011/02/trabalhar-no-working-on.html (imagem retirada do blog do próprio Richard Câmara)


Este livro, para crianças, é livro recomendado pelo famigerado PNL (plano nacional de leitura) – aquela entidade que recomendou um livro da escritora Alice Vieira, para adultos, a crianças do 2º ano, pelos vistos sem o ter lido antes – e este “conversa de elefantes” parece ter sido objecto da mesma falta de leitura.
Não, o livro não é para adultos, é mesmo para crianças, mas… estando como livro recomendado não deveriam ter verificado se tudo o que lá está escrito ensina algo às crianças, ou, pelo contrário as “desensina”?
Na página 17 do tal livro consta o seguinte: “O elefante carrancudo deu um urro muito forte.
Oh meus amigos, senhores iluminados do PNL, os elefantes urram? Têm a certeza?
É que, ao que eu sei, os elefantes BRAMEM, isso mesmo, os elefantes bramem, e se é um livro para crianças, além de lhes ensinarmos palavras novas, não as devemos induzir em erro.
E os desenhos?? Oh valha-me a Cãocorrência, mas o que é que é aquilo?? Os elefantes têm dentes como os humanos? Onde param as presas que tanto os caracterizam?
E a tromba? Atentem na capa do livro, vejam a diferença entre a tromba do elefante azul e a tromba do elefante cinzento.
A historinha, para crianças até é aceitável (excepto o tal “urro”), nada de especial, mas aceitável. Os desenhos… se querem colocar desenhos como se fosse uma criança a fazê-los, ponham MESMO uma criança a fazê-los. Tenho a certeza que os elefantes teriam, pelo menos presas.
Não faço scan de nenhuma folha do livro (tem lá um elefante a cagar – literalmente – só porque sim) porque os direitos de autor são demasiado apertados e não quero de forma alguma ferir tais direitos (que até me impedem de emprestar o livro) ]:-| , portanto as imagens que apresento foram tiradas da net, do site da Wook, e o storyboard foi retirado do blog do desenhador que ilustrou este livro que eu NÃO RECOMENDO – Richard Câmara.

quarta-feira, novembro 14, 2012

Animais



Nos últimos tempos tenho visto muito (podia dizer nas “redes sociais” dava um ar mais cool, pareceria que frequento imensas, mas na verdade só vou ao FB) que as almas perdem os seus animais, que são atropelados, e que fogem, etc etc.

Não digo que não haja um ou outro caso em que o cão/cadela/gato/gata se esgueire , e sem que o dono veja… vupptttt… lá vai ele, deixando o dono/escravo a arrancar os cabelos de frustração porque ama o seu animal.

Todavia, e ao que vejo, a maioria das almas solta os seus animais (assim não têm o trabalho de apanhar os cocós) e lá vão eles todos contentes, enquanto os donos aguardam, de trela na mão que eles voltem já aliviados das suas necessidades fisiológicas.

A essas almas só me apetece esbofeteá-las, juro. Então quando se põem com aquela conversa “ele não faz mal, é muito mansinho”, “não tenha medo” etc etc deixam-me com uma azia… uiiii

Sabem que existem fobias?? Há almas que entram em pânico se um cão se aproxima delas (por muito “mansinho” que seja), o cão sente o pânico/medo e pode reagir mal, e depois??

Mais, eu tenho uma cadela “mansinha, doce como só um doce pode sermasodeia que lhe rosnem, o mais leve “grrrr” e ela perde a cabeça, e é uma aflição. Acreditem ou não já me fez cair (literalmente) numa guerra dessas, a Mephista-Flor de trela, e a outra “mansinha” sem trela… rosnou à Flor, e ela nem avisou, foi-se à outra, eu enrosquei-me toda na trela e caí que nem um tronco, fiquei toda negra. GRRRRRR

A dona da “mansinha” lá meteu as mãos no meio de ambas (gabo-lhe a coragem, a Mephista-Flor tem uma boca, e dentes, que parece um crocodilo), e separou-as.

Enfim…  e este post é para quê?? (perguntam vocês os 3 que ainda lêem este blog) É para dizer que existe um Decreto-Lei nº 314/2003 de 17 de Dezembro, que OBRIGA a que todos os cães com dono andem na rua de trela colocada, e com o dono na extremidade da mesma.

Mais, também é obrigatório chipar os animais, e registá-los na Junta de Freguesia da residência do dono do cão/gato ou qualquer outro animal de companhia. E pagar a respectiva licença.

O Governo bem que podia por polícias com leitor de chips na rua, passavam na zona do mesmo, e se existisse chip tudo ficava bem, quando não existisse o dono devia levar um estaladão de coima que até lhe cairiam os dentes. É um nicho de mercado a explorar…

É que com chip obrigatório, os abandonos também seriam muito menores, pois fácil seria encontrar os donos, e se houvesse uma Lei decente que defendesse os direitos dos animais, levariamm também estes, um estaladão de coima por abandonarem um animal que neles confia, e que deles gosta incondicionalmente.

Quem abandona um animal é, na minha opinião, capaz de tudo. Até de se livrar de um filho  (se nascer ou desenvolver algum “defeito”, ou porque fica caro alimentá-lo), ou abandonar os pais nos hospitais, não voltando para os ir buscar no fim do internamento.

Ahhhhh desculpem, esta última parte já acontece, os hospitais estão cheios de velhinhos abandonados.

Os humanos são uns animais de que muito raramente gosto. Disse.


Plágio encapotado. Ler post de 10.Abril.2011.